Um Rock in Rio para 15 mil pessoas a menos por dia, com o respaldo dos mesmos patrocinadores e um palco a mais, voltado a shows de street dance, foi anunciado ontem para 2013 por Roberto Medina, organizador do festival. Dez mil pessoas já compraram cartões que darão direito a ingressos, mesmo sem qualquer ideia de quem vai tocar, comprovando que o público concorda com Medina: “A música não é o mais importante. Ela faz parte do conjunto”.
Parceiro do evento, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, corroborou: “É tanta coisa acontecendo que a última coisa que fiz foi olhar para o palco”. Paes minimizou problemas com sistema de ônibus, taxistas irregulares e engarrafamentos – “Se a discussão chegou à temperatura dos sanduíches, é sinal de que evoluímos” – e disse que, desfeita a estrutura do festival, em “30 ou 40 dias” o Parque Olímpico Cidade do Rock estará aberto, com quadras esportivas.
Em 2016, a área (150 mil m²) servirá para lazer dos atletas olímpicos. Um ano antes, se vingar o plano de fixar o festival como bianual, o parque terá abrigado mais uma edição. Medina explicou que a intenção de diminuir o público se deve à necessidade de dar maior fluxo ao tráfego de pessoas, sem mencionar os percalços com banheiros, alimentação, deslocamentos, praticamente superados no segundo fim de semana.
Segundo o empresário, os alvos futuros do Rock in Rio – “primeiro caso de exportação de entretenimento da história do Brasil” – serão Inglaterra e EUA. A edição no México, anunciada para 2013, não está certa. Lisboa tem festival em maio de 2012; Madri, em junho.
“São 26 anos apanhando e aprendendo”, resumiu o criador do Rock in Rio, que busca perenizar a marca na mídia e na memória do público com iniciativas como um musical sobre o festival, um longa-metragem e o desfile da Mocidade Independente no carnaval – além da comercialização de 120 produtos licenciados.
Sobre a possibilidade de se aumentar o número de dias de shows para além de sete, dado o sucesso comercial (89% do público disse que voltaria), ele foi reticente: faltaria fôlego à produção.
Estadão
Redação
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