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Secretaria destinada ao PT não agrada grupo de Couto

O clima de descontentamento toma conta do grupo político de Luiz Couto (PT) e pode estremecer a aliança com o governador eleito, Ricardo Coutinho (PSB). Informações exclusivas dão conta que será do bloco a Secretaria de Agricultura do Estado, no entanto, a opção não estaria agradando.

Segundo um desses “descontentes”, dois são os motivos para o mal-estar: “fatia pouca” na divisão do “bolo” e falta de identidade com a função.

“Não há no nosso grupo que tenha relação com a pasta. Nossa pretensão é trabalhar com ações ligadas aos problemas urbanos”, explicou.

Com poucas exceções, até agora é perceptível que o critério aplicado por Ricardo para escolha de seu secretariado é mais técnico. Dentre os que podem figurar como “escolhas políticas”, muito embora se mostrem gabaritados para a função, são Gustavo Nogueira (cassista) e Edna Wanderley, esposa do tucano Dinaldo Wanderley (cassista). Outra que poderia ser incluída na cota “política” da escolha seria Aracilba Rocha (Finanças), no entanto, sua ascensão ao posto faz parte da cota pessoal de Ricardo, haja vista o empenho que a ex-aliada de José Maranhão (PMDB) imprimiu em toda sua campanha.

Dar ao PT a secretaria de Agricultura seria a primeira retribuição de âmbito político dentro do processo de formação dos próximos auxiliares do governo. Mesmo assim, parece que a “premiação” não surtiu o efeito esperado e pode macular essa aliança que, pelo menos a priori, parecia inquebrantável.

“Estamos nos sentindo desprestigiados depois de tudo que fizemos por ele”, desabafou o líder ligado a Luiz Couto.

Luis Alberto Guedes

PB Agora