De acordo com o radialista, Ricardo Marcelo já anunciou aos seus pares que “quem está comigo não está com Ricardo Coutinho”.
Apesar de oficialmente o Executivo ter maioria na Assembleia, o Governo já vinha sofrendo desde o ano passado com a omissão dos parlamentares da base aliada, que se ausentavam das sessões cuja pauta era a discussão de temas polêmicos ou impopulares. A ausência também era sentida nas votações.
Na semana passada, os deputados deram a primeira prova de que resolveram atuar de maneira mais “independente”, quando derrubaram – por 19 a 12 – o veto do governador Ricardo Coutinho (PSB) ao projeto de lei que garante a gratuidade das carteias de estudantes das escolas públicas estaduais.
O projeto é de autoria do deputado Caio Roberto (PR) e determina que a Secretaria da Educação se responsabilize pela confecção, validação e distribuição da carteira de estudante para todos os alunos da rede pública de ensino.
Para justificar o veto, o Governador alegou que proibição constitucional que o estado tem para assumir despesas não previstas no orçamento e ainda que a matéria também é inconstitucional por que prevê atribuições à Secretaria de Educação, sendo esta uma competência exclusiva do próprio chefe do Executivo.
Nesta terça-feira, o Governo levou outra pancada, quando os deputados derrubaram – por 17 a 16 votos – o projeto que previa a fusão das secretarias estaduais Finanças e Receita, que se transformou em na supersecretaria da Fazenda, comandada por Aracilba Rocha.
Com essa nova derrota, ficou claro que o parlamento estadual não está tocando a música conforme a regência do Executivo.
A explicação foi dada por Ruy Dantas foi de que ouviu dos próprios parlamentares de que os dois Ricardos – o Marcelo, da Assembléia; e o Coutinho, do Palácio da Redenção – já não cantam no mesmo tom.
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