A jovem Janaína da Conceição, de 25 anos, está no epicentro de uma polêmica envolvendo um poderoso conglomerado de empresas do Grupo João Rafael, que atua nos segmentos têxtil, de revenda de veículos e de comunicação.
Janaína é ex-funcionária da empresa de confecções Vince e acusa o gerente da empresa, Túlio César, de assediá-la sexualmente durante o período em que trabalhou na fábrica. A notícia caiu como uma bomba em Guarabira e região.
O juiz do Trabalho, José Artur da Silva Torres, ao sentenciar o caso, condenou a Vince a pagar indenização de R$ 30 mil por assédio sexual e ainda de R$ 10 mil por assédio moral (humilhação do patrão contra empregado), conforme processo de número 0038000-71.2011.5.13.0010, iniciado na Vara do Trabalho em Guarabira.
A defesa recorreu da sentença inicial ao Tribunal Regional do Trabalho, em João Pessoa.
A equipe de radiojornalismo da Constelação FM de Guarabira conseguiu ouvir com exclusividade a vítima dos assédios. Na entrevista ela narra com riqueza de detalhes como sofreu as investidas do chefe e as humilhações que passou.
Leia trechos da entrevista:
“Quando eu cheguei lá já tinha uma conversa que Túlio juntou os encarregados e disse que não desse em cima de mim porque que iria ficar comigo era ele. Aí ele começou a soltar as indiretas dele, os enxerimentos, chegava perto de mim, na máquina, “relando” as partes dele no meu braço”.
“Ele chegava tipo: você está muito gostosa, essas coisas e eu pedia que ele me respeitasse, mas ele não parava. Até que eu disse que ou ele me respeitaria ou eu ia entrar com um processo contra ele, mas ele não ligou”.
“Eu estava morando num apartamento com minha prima e como ele viu que eu estava numa cidade sozinha ele começou a dá em cima não só de mim, mas de uma menina que testemunhou a meu favor, a Ivone. Ele perguntou a ela quando era que ela iria levar ele para conheceu o apartamento dela e essas coisas ela não suportou e é minha testemunha até hoje”.
A vítima contou que como não cedeu às investidas do chefe começou a ser perseguida dentro da empresa.
“Eu ia trabalhar de calça e ele me mandava pra casa dizendo que a calça estava muito apertada. Eu ia de vestido e ele me mandava pra casa dizendo que o vestido estava muito curto. Eu fui falar com dona Oliveti e contei que Túlio me botou pra casa sem eu fazer nada, só porque não quero que ele fique soltando as indiretas dele pra mim. E ela disse: e você falou o que? Ai eu disse: eu mandei ele me respeitar. Aí ela disse: você está errada porque ele está acima de você. Eu disse que acima de mim só Jesus e fui embora”.
“Foi a partir daí que eu resolvi entrar na Justiça contra ele para ele me respeitar e respeitar as mulheres que trabalham na fábrica”.
“Eu contava tudo que acontecia para minha prima, pra Ivone que eu me abria muito com ela e pra encarregada que foi testemunha contra mim. Ela ficava a favor de mim, mas quando foi pra testemunhar, ela disse mesmo a Ivone que Jarbas pediu e ela com medo de perder o emprego ela foi defender ele”.
“Eu cheguei a desmaiar três vezes lá dentro por ele está me pressionando muito na máquina. Sem falar que minha produção era de cinquenta peças por hora e eu tava dando cem peças, ele me botou para dá duas produção e no dia que ele me botou pra casa ele queria que eu desse a terceira produção, coisa que ninguém faz lá”.
“Cem peças é raro uma pessoa dar lá e eu dava as cem peças contadas e a terceira produção já era escravidão de mais. Fiquei muito pressionada, caí doente, desmaiei, meu nariz começou a sagrar, eu fui pro médico e peguei três dias de atestado e mesmo assim ele descontou os dias que eu fiquei de atestado”.
“Muito obrigada vocês e vamos ver Deus por quem é, deixo nas mãos de Deus”.
Jota Alves
Janaína é ex-funcionária da empresa de confecções Vince e acusa o gerente da empresa, Túlio César, de assediá-la sexualmente durante o período em que trabalhou na fábrica. A notícia caiu como uma bomba em Guarabira e região.
O juiz do Trabalho, José Artur da Silva Torres, ao sentenciar o caso, condenou a Vince a pagar indenização de R$ 30 mil por assédio sexual e ainda de R$ 10 mil por assédio moral (humilhação do patrão contra empregado), conforme processo de número 0038000-71.2011.5.13.0010, iniciado na Vara do Trabalho em Guarabira.
A defesa recorreu da sentença inicial ao Tribunal Regional do Trabalho, em João Pessoa.
A equipe de radiojornalismo da Constelação FM de Guarabira conseguiu ouvir com exclusividade a vítima dos assédios. Na entrevista ela narra com riqueza de detalhes como sofreu as investidas do chefe e as humilhações que passou.
Leia trechos da entrevista:
“Quando eu cheguei lá já tinha uma conversa que Túlio juntou os encarregados e disse que não desse em cima de mim porque que iria ficar comigo era ele. Aí ele começou a soltar as indiretas dele, os enxerimentos, chegava perto de mim, na máquina, “relando” as partes dele no meu braço”.
“Ele chegava tipo: você está muito gostosa, essas coisas e eu pedia que ele me respeitasse, mas ele não parava. Até que eu disse que ou ele me respeitaria ou eu ia entrar com um processo contra ele, mas ele não ligou”.
“Eu estava morando num apartamento com minha prima e como ele viu que eu estava numa cidade sozinha ele começou a dá em cima não só de mim, mas de uma menina que testemunhou a meu favor, a Ivone. Ele perguntou a ela quando era que ela iria levar ele para conheceu o apartamento dela e essas coisas ela não suportou e é minha testemunha até hoje”.
A vítima contou que como não cedeu às investidas do chefe começou a ser perseguida dentro da empresa.
“Eu ia trabalhar de calça e ele me mandava pra casa dizendo que a calça estava muito apertada. Eu ia de vestido e ele me mandava pra casa dizendo que o vestido estava muito curto. Eu fui falar com dona Oliveti e contei que Túlio me botou pra casa sem eu fazer nada, só porque não quero que ele fique soltando as indiretas dele pra mim. E ela disse: e você falou o que? Ai eu disse: eu mandei ele me respeitar. Aí ela disse: você está errada porque ele está acima de você. Eu disse que acima de mim só Jesus e fui embora”.
“Foi a partir daí que eu resolvi entrar na Justiça contra ele para ele me respeitar e respeitar as mulheres que trabalham na fábrica”.
“Eu contava tudo que acontecia para minha prima, pra Ivone que eu me abria muito com ela e pra encarregada que foi testemunha contra mim. Ela ficava a favor de mim, mas quando foi pra testemunhar, ela disse mesmo a Ivone que Jarbas pediu e ela com medo de perder o emprego ela foi defender ele”.
“Eu cheguei a desmaiar três vezes lá dentro por ele está me pressionando muito na máquina. Sem falar que minha produção era de cinquenta peças por hora e eu tava dando cem peças, ele me botou para dá duas produção e no dia que ele me botou pra casa ele queria que eu desse a terceira produção, coisa que ninguém faz lá”.
“Cem peças é raro uma pessoa dar lá e eu dava as cem peças contadas e a terceira produção já era escravidão de mais. Fiquei muito pressionada, caí doente, desmaiei, meu nariz começou a sagrar, eu fui pro médico e peguei três dias de atestado e mesmo assim ele descontou os dias que eu fiquei de atestado”.
“Muito obrigada vocês e vamos ver Deus por quem é, deixo nas mãos de Deus”.
Jota Alves
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