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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Paraibanos são aceitos no Teatro Bolshoi no Brasil

Balé do Teatro Santa Roza
Balé do Teatro Santa Roza
Alunos da Escola de Balé do Teatro Santa Roza, orientados pela professora e bailarina Denilce Regina, conseguiram ser admitidos na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, considerada a mais completa do país e uma das melhores do mundo.
A conquista foi dos alunos Gilberto Melo (15), Tâmara Ribeiro (14), Ana Paula Gonçalves (12) e Luana Serrão (18), que se dedicam com obstinação ao balé na Escola de Dança do Theatro Santa Roza e ao Balé Jovem da Paraíba.
Antes de serem aceitos no Bolshoi, os alunos passaram por uma bateria de testes. Primeiro, foi a pré-seleção, um teste gravado em vídeo no qual se pôde observar o talento e a aptidão para a dança. Em seguida, eles foram convocados a Joinvile, para os exames presenciais. Depois, o teste médico, que avaliou a saúde; o teste físico, que analisou a elasticidade, a capacidade e o desenvolvimento corporal; e, por fim, o teste artístico.
Participaram desta audição 357 jovens, dos quais apenas 76 foram selecionados. Todos os alunos da Escola de Dança do Theatro Santa Roza que foram fazer a prova passaram. Fato inédito no Estado e motivo de orgulho para a professora Denilce. "É a primeira vez que conseguimos a aprovação de todos os alunos que se submeteram às provas. Eu fico muito orgulhosa deles, acredito que fizemos um excelente trabalho”, disse.
A Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) é parceira da Escola de Dança do Theatro Santa Roza, que há mais de 40 anos forma bailarinos profissionais. A presidente da Funesc, Lu Maia, destacou a importância de boas parcerias para o desenvolvimento da cultura. "O desempenho desses jovens bailarinos é muito positivo para o destaque e o respeito da dança em nosso Estado. Para a Funesc, é gratificante saber que o investimento que fazemos, apoiando a escola de dança, está surtindo ótimos resultados”, ressaltou.
Nova batalha – Os jovens bailarinos estão eufóricos com a conquista, mas sabem que agora começa outra luta. Conseguir bolsas para cursar a escola e pagar a estadia é uma delas: "A gente luta muito, todos os dias, porque o Bolshoi é o sonho de qualquer bailarino. A simples espera pelo momento de começar já é algo bom. Foi uma vitória maravilhosa, e agora vamos batalhar por bolsas e apoios”, enfatizou Luana Serrão, há dois anos no Theatro Santa Roza e no Balé Jovem da Paraíba.
Outra batalha que os jovens bailarino vão enfrentar é a adequação à rigidez da instituição. Na Escola do Bolshoi eles farão aulas de diversas matérias: balé clássico, piano, ginástica, pilates, história da dança, entre outras, de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h. A rotina da academia fica mais intensa se algum deles forem convocados para compor um elenco, pois os ensaios se estendem aos sábados (às vezes, até aos domingos), o que já acontece com a também paraibana de 13 anos, Maria Luíza, que desde fevereiro está na escola e já participa de espetáculos.
Escola regular – Tâmara, Ana Paula e Gilberto passaram para o curso de balé clássico; já Luana foi aprovada para o balé contemporâneo. Eles chegaram de viagem, e continuam ensaiando até fevereiro, quando embarcam para o início do curso. As obrigações, no entanto, não se limitam aos muros do Bolshoi. Todos os terão a obrigação de cursar a escola regular e apresentar boas notas. Se o balé interferir nos estudos, a carreira do bailarino pode ser comprometida.

Augusto Magalhães, com assessoria da Funesc

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