A Coca-Cola no Brasil está entre as mais caras, mostra um levantamento com o preço do produto em 12 países feito pelo Radar Econômico em parceria com o professor de economia Alcides Leite* (foto).
O produto, que pode ser considerado supérfluo por alguns, diz muito sobre a economia dos países. Idêntico em qualquer parte do mundo, dá uma ideia das vantagens de produzir em determinadas localidades.
Não por acaso, o preço mais baixo encontrado foi na China, na cidade de Cantão. Lá, a lata de Coca-Cola de 330 ml custa em torno de R$ 0,60. Em São Paulo, está R$ 1,70; em Genebra, R$ 2,50.
O levantamento inclui cidades dos cinco continentes, localizadas em países ricos e emergentes. Os preços foram coletados em sites de supermercados, com exceção da China, onde utilizamos uma reportagem sobre inflação publicada na imprensa local.
Veja quanto custa a Coca-Cola em diversas cidades no mundo (preços convertidos em reais):
Genebra | 2,50 |
Tóquio | 2,32 |
São Paulo (Pão de Açúcar) | 1,70 |
São Paulo (Sonda) | 1,68 |
Sydney | 1,59 |
Buenos Aires | 1,47 |
Cidade do Cabo | 1,44 |
Londres | 1,28 |
Nova York | 1,16 |
Lisboa | 1,11 |
Santiago | 1,04 |
Paris | 0,99 |
Cidade do México | 0,98 |
Cantão | 0,63 |
Alcides Leite, professor de economia na Trevisan Escola de Negócios, comenta os números.
“O preço da Coca-Cola em São Paulo é um dos mais altos entre as cidades pesquisadas. Isto se deve, principalmente a três importantes fatores: a alta carga de tributos incidentes sobre o produto, os altos custos de distribuição e os efeitos da valorização do real frente às demais moedas.
Quanto ao custo de distribuição, é importante levar em conta que, devido ao baixo valor agregado em relação ao peso e volume, o custo do transporte do produto tem forte participação na composição do preço final de venda. Com infraestrutura precária, os custos de transporte no Brasil acabam onerando muito o preço de venda de bebidas e alimentos em geral.”
Estadão
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