A polícia divulgou os nomes das pessoas presas por determinação judicial envolvidas com pistolagem no Sertão paraibano. Foram presos: Raimunda Cleide de Mesquita (Cleide), localizada em João Pessoa; Jarbas Jácone de Oliveira (Jarbas), Raimunda Cleonice de Mesquita Sousa (Raimunda), Vinícius de Mesquita Sousa (filho de Raimunda), João Lustosa de Sousa (esposo de Raimunda), Jocicleide de Mesquita Sousa (irmã de Vinícius), Joadilly Kledson Figueiredo Serafim da Silva, o “Jade”, dentre outras pessoas detidas para averiguação.
Estão foragidos, Raimunda Ednalva de Mesquita (Nalva), Marcelo Batista Vieira (Marcelo Oliveira) e o pistoleiro Edmilson Nascimento da Silva(Careca ou Biu). A polícia solicita ajuda da população para localizá-los e qualquer informação telefonar 190 (Disque Denúncia da Polícia Militar) que o nome será preservado.
A operação “Laços de Sangue” foi deflagrada na madrugada desta terça-feira, 27, na região do alto Sertão paraibano e também em cidades do Rio Grande do Norte e teve como objetivo a repressão de três organizações criminosas voltadas à execução de pessoas, composta por integrantes das famílias Oliveira, Suassuna e Veras que vinham praticando o terror na região, onde foram constatados, inicialmente, 64 assassinatos, a maioria por pistolagem.
O desencadeamento da operação policial, teve que ser antecipado, tendo em vista, três execuções programadas, que aconteceriam no município de Catolé do Rocha, à mando do clã Oliveira.
Uma minuciosa investigação foi realizada pelos Serviços de Inteligência das polícias Civil e Militar da Paraíba, inclusive com a participação da Gerência de Inteligência da Secretaria da Segurança Social, sendo descoberta que três organizações criminosas, integrantes pelas famílias Oliveira,Veras e Suassuna. Essas organizações vêm se confrontando e promovendo execuções. De acordo com as investigaçõesjá foram contabilizados 64 homicídios.
Uma característica marcante dos três grupos é o planejamento de suas execuções, todos os crimes são previamente planejados, com tarefas bem definidas dentro da organização: pessoas que planejam, financiam, recrutam mercenários, levantam os alvos, executam.
Os integrantes dos clãs residem em diversos municípios e estados da Federação: Catolé do Rocha, Patos, João Pessoa, RN, CE e até em Saulo Paulo onde são conhecidos como “os Paraíba” (no singular). Ao praticarem as execuções geralmente se escondiam em locais de difícil acesso para a polícia, principalmente em locais altos, onde eles tinham visualização das operações policiais.
Para o coronel José de Almeida Rosas, um dos comandantes da Operação “Laços de Sangue” o sigilo das investigações foi primordial para o êxito com a identificação e prisão dos envolvidos como as ações criminosas.
Execuções
Somente esse ano em Catolé do Rocha e outros municípios, foram registrados pelo menos quatro, que somando com os crimes acontecidos em Patos,já apontam para o número assustador de sete execuções, perfazendo um total de 64 homicídios, decorrentes da guerra dos clãs OliveiraVeras e Suassuna, que teve origem no município de Catolé do Rocha.
Somente em 2011, no município de Patos foram executadas as seguintes pessoas: no dia 23 de maio, José Antônio de Araújo (Juninho de São Bento); no dia seguinte, foi assassinado Ramises da Rocha (Ramises); no dia 25 de junho, 25, Aldo Suassuna de Sousa , o “Mimi”, irmão de Sílvio Suassuna de Sousa, mais conhecido por “Moça Branca”, assassinado no dia 14 de março. Todos esses crimes são atribuídos a família Oliveira.
Na operação foram apreendidos na cidade de Brejo dos Santos vários coletes balísticos, rádios de comunicação, lunetas de fuzil, espingardas, rifles e pistolas. Em Caraúba-RN, revólveres, espingardas, balacravas (capuz que protege o rosto) e várias munições. Na cidade de Antônio Dias, também no Rio Grande do Norte, foram cinco revólveres, três pistolas, várias munições e quatro pessoas foram detidas.
A operação foi realizada pela Polícia Militar (3º e 12º Batalhões da Polícia Militar, respectivamente sediados em Patos e Catolé do Rocha; Polícia Civil, Ministério Público, através do Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado( GAECO) e o Poder Judiciário, das Comarcas de Patos e Catolé do Rocha, sendo utilizados cerca de 130 policiais. Pelo lado da Polícia Civil comandaram os delegados André Rabelo, Cristiano Jacques, Simone Quirino e Glauber Silva. Os mandados de Prisão Temporária e busca e apreensão, foram expedidos pelas Comarcas de Catolé do Rocha e Patos.
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