Alunos do curso de direito do Unipê, em João Pessoa, utilizaram o microblog Twitter na noite desta terça-feira (30) para agir de forma preconceituosa e discriminatória contra os mais de 100 mil bayeuxenses. A chacota foi motivada pelo depreciativo título de “cidade dos cornos” que além de denegrir a imagem da cidade já causou muitos constrangimentos morais à sua população ao longo dos anos.
Em uma das postagens do perfil criado pela turma L de direito da universidade, os alunos dão um mau exemplo no quesito respeito e educação.
“Se caranguejo fosse tanque de guerra, muriçoca avião, corno fosse soldado e chifre munição. Bayeux tinha o exercito para defender a nação”, publicaram.
Segundo os alunos, o perfil foi criado para mostrar as frases mais famosas que são utilizadas durante a aula.
O historiador Ariosvaldo Alves foi entrevistado pelo Bayeux em Foco sobre a origem da “má fama” que a cidade carrega há décadas e que a própria população desconhece.
História
O município de Bayeux ganhou ao longo dos anos o depreciativo título de “cidade dos cornos” que além de denegrir a imagem da cidade já causou muitos constrangimentos morais à sua população. Poucas pessoas, até mesmo do próprio município, desconhecem a verdadeira origem da famigerada galhofa.
Existem várias “teses” deturpadas que explicam o termo. O portal Bayeux em Foco entrevistou o historiador de Bayeux e colunista do site, Ariosvaldo Alves, que revelou a verdadeira procedência do adjetivo atribuído ao município.
- Apesar de muitos dignificarem a história progressiva de Bayeux, colocando-se hoje entre as cinco mais desenvolvidas dentre as 223 cidades do Estado da Paraíba, encontra-se ainda denegrida com a galhofa do vício de linguagem ou malícia, caminhando e ouvindo adjetivos vulgares em termos depreciativos da palavra cangalha para cangaia.
O barbarismo ortográfico dos deturpadores foi além de uma ultracorreção até chegar à maldosa denominação de “Cidade de Corno”. Designaram de “cangaia” a rua Antônio Ferreira, popularmente conhecida como rua da Cangalha por motivo do trabalho árduo de mulheres que enfrentavam o preconceito da época, confeccionando esteira, manga de garrafa e cangalha para burro de carga.
Esses produtos considerados de boa qualidade ganharam fama, vindo a ser vendido inclusive para outros Estados. Como também ganhou fama o adjetivo da Rua Antônio Ferreira, tomando proporção de cidade. De Rua da cangaia, passou a cidade da cangaia. Daí veio o termo depreciativo criado pelos maliciosos que não a amam e não conhecem sua história.
Depois da explicação esperamos que a população passe a respeitar mais a sua própria cidade e que ela seja vista sem títulos preconceituosos.
Bayeux em Foco
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