Doze municípios
paraibanos não tiveram investimentos em obras durante os meses de
janeiro e fevereiro deste ano. São eles: Alagoa Grande, Aroeiras,
Cuitegi, Itaporanga, Itatuba, Jacaraú, Jericó, Pitimbu, São Francisco,
São Vicente do Seridó e Vista Serrana. Os dados são do Sistema de
Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade (Sagres) do Tribunal
de Contas do Estado (TCE-PB).
As prefeituras que mais investiram em “obras e instalações” nos dois
primeiros meses do ano foram: Patos (R$ 5,9 milhões), São José da Lagoa
Tapada (R$ 4 milhões), Campina Grande (R$ 1,9 milhão), São Bento (R$
744.437), João Pessoa (R$ 719.136), São João do Rio do Peixe (R$
681.470), Marizópolis (R$ 582.210) e Santana de Mangueira (R$ 516.432).
Em sete municípios, os gastos com diárias superaram as despesas com
obras nesse período.
É o caso de
Monte Horebe, onde foram destinados R$ 28.300 para diárias, enquanto os
investimentos em obras não passaram de R$ 14.209. O mesmo aconteceu com
Alagoa Grande (R$ 0 em obras, R$ 7.725 para diárias), Jacaraú (R$ 0 e R$
3.487), Jericó (R$ 0 e R$ 5.880), Lagoa (R$ 5.550 e R$ 19.190), Santa
Helena (R$ 4 mil e R$ 6.040) e Vista Serrana (R$ 0 e R$ 1.900),
respectivamente.
Além de Monte Horebe e Lagoa, tiveram os maiores gastos com diárias as
cidades de São José de Princesa (R$ 28.920), Poço Dantas (R$ 21.868),
São José de Piranhas (R$ 18.650), São João do Rio do Peixe (R$ 17.702),
Joca Claudino (R$ 17.555), Picuí (R$ 15.951), Alagoa Nova (R$ 15.348),
Marizópolis (R$ 15.030) Catolé do Rocha (R$ 13.720), Brejo do Cruz (R$
13.620) e Mãe d’Água (R$ 13.360).
O presidente
da Federação das Associações dos Municípios da Paraíba (Famup), Rubens
Germano, disse que as prefeituras têm pouca capacidade de investimento.
“Sobram poucos recursos para obras. A maioria das prefeituras paraibanas
depende essencialmente das transferências do Governo Federal. Boa parte
das receitas encaminhadas vem vinculada com a saúde e a educação. Sem
falar nas despesas para manter a máquina e pagar a folha de pessoal”,
explicou.
Segundo Rubens Germano, todas as previsões do Tesouro Nacional sobre as
receitas transferidas para os municípios foram menores do que o
esperado. “Estamos fazendo um levantamento de todas as despesas
executadas pelas prefeituras, por meio do Sagres, para chegarmos a uma
análise geral”.
A prefeita de
Patos, Francisca Motta (PMDB), disse que está investindo de acordo com a
realidade financeira do município. “Desde que assumimos, retomamos
obras e investimos em outras ações. O importante foi não paralisar o que
havia sido começado na gestão anterior. Todo prefeito deve trabalhar
pensando nas possibilidades financeiras da cidade”.
Francisca Motta afirmou que os gestores precisam contar com as quedas
nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “Administrar
requer muito planejamento. É preciso pensar na contrapartida nas obras
do Governo Federal. O nosso objetivo é continuar realizando obras que
atendam plenamente às necessidades da população”.
As informações detalhadas foram publicadas na edição do Jornal Correio
da Paraíba, edição deste domingo (2).
CaririLigado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário