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quarta-feira, 27 de março de 2013

TJPB realiza primeiro concurso para cartórios extrajudiciais


Concurso Público
Concurso Público
O Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) vai realizar seu primeiro concurso para o preenchimento de vagas para titulares de cartórios extrajudiciais. O certame será o primeiro em 25 anos, considerando que, conforme o artigo 236 da Constituição Federal de 1988, o ingresso na atividade notarial e de registro deve ser feito por meio de concurso público de provas e títulos. Há vagas para 254 cartórios de 149 cidades paraibanas e, nos próximos 30 dias, o TJPB deve lançar o edital de licitação da empresa organizadora do certame. O processo de escolha dos 254 novos notários e registradores deve demorar de seis meses a um ano.
De acordo com o juiz auxiliar da presidência do TJPB, Antônio Silveira Neto, o processo de seleção é longo e começa com a escolha da empresa organizadora. “A licitação da empresa realizadora ficará aberta por, no mínimo, 90 dias. Depois da escolha, a empresa vai definir o edital de inscrição dos candidatos a notários e registradores, bem como todo o conteúdo das provas. Este processo que vai até a escolha das 254 pessoas, levará de seis meses a um ano para ser finalizado”, explicou ele.
Poderão se inscrever no certame graduados em direito ou pessoas com certificado de exercício da atividade notarial ou de registro por, no mínimo, dez anos. Serão aplicadas provas objetiva e discursiva, além de exame prático, teste oral e avaliação de títulos.
O juiz informou que o Poder Judiciário paraibano já vinha realizando estudo para a realização do concurso para preenchimento da vaga de titular, identificada nos cartórios extrajudiciais (cartórios de distribuição, serviço notarial, registro de imóveis e registro civil), desde a gestão passada e ganhou celeridade na atual, por determinação da presidente Fátima Bezerra Cavalcanti.
CNJ pressiona
O corregedor nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão, determinou aos presidentes dos tribunais de Justiça de 14 estados e do Distrito Federal que deem início, no prazo de três meses, à preparação de concurso público para preenchimento da vaga de titular dos cartórios extrajudiciais, sob pena de abertura de processos disciplinares.
Enquanto os concursos não são realizados, os titulares interinos, que ingressaram sem passar por concurso público, continuam ocupando os postos. Na Paraíba, nenhum concurso foi realizado e a titularidade foi passando de pai para filho, o que é contrário à Constituição, no caso dos cartórios assumidos a partir de 1988.
Segundo informações dos próprios tribunais, ainda não foram realizados concursos nos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Sergipe, Tocantins, além do Distrito Federal e da Paraíba.
O corregedor nacional também ordenou que os tribunais de Justiça desses estados e do DF enviem, no prazo de 15 dias, cópia da publicação da última lista de vacância na titularidade de cartórios extrajudiciais. Conforme a assessoria de imprensa do TJPB, o material está sendo viabilizado.
Em 2009, o CNJ publicou a Resolução número 81, estabelecendo em seu artigo 2º que “os concursos sejam realizados semestralmente ou, por conveniência da administração, em prazo inferior, caso estiverem vagas ao menos três delegações de qualquer natureza”. Conforme a Constituição, não é permitido que qualquer serventia fique vaga, sem abertura de concurso de provimento ou de remoção por mais de seis meses. Desde então o processo de realização do certame vem se arrastando.

Por Correio da Paraíba

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