Os servidores da Universidade Estadual
da Paraíba (UEPB) decidiram nesta quarta-feira (20) entrar em greve por
tempo indeterminado. A deliberação foi tomada durante uma assembleia
realizada no campus de Campina Grande. O sindicato da categoria
reivindica um reajuste salarial, que segundo a direção deveria ter sido
aplicado em janeiro. A reitoria diz não ter condições de conceder
aumento agora.
O presidente do Sindicato dos
Trabalhadores de Ensino Superior da Paraíba (Sintesp-PB), com atuação na
UEPB, Severino do Ramo Oliveira, afirmou que a reitoria não respeitou a
data base para o reajuste salarial. “Fizemos quatro audiências com
administração da instituição e não avançamos em nada. Eles dizem que não
têm como dar um 1% de aumento”, afirmou.
O Sintesp pede que no mínimo haja a
reposição nos salários da perdas relativas à inflação, que seria de
5,83%. De acordo com Severino do Ramo, faz cerca de quatro anos que os
servidores não têm um reajuste que represente um ganho real para a
categoria. O sindicato cobra um aumento de 17%.
“Nossa paralisação começou de forma
imediata logo após a assembleia”, disse o presidente do Sintesp. De
acordo com ele, os serviços serão paralisados em todos os campi da UEPB e
o comando de greve está disposto a tirar dos setores os funcionários
que insistirem em trabalhar. “Nós vamos fechar as portas mesmo”,
completou.
O reitor da UEPB, Rangel Júnior,
disse que respeita a decisão dos servidores, mas afirmou que do ponto de
vista da administração a universidade não tem capacidade financeira de
conceder qualquer reajuste salarial, porque houve uma contenção de
gastos para 2013.Ele ressaltou que não foi apresentada nenhuma
contra-proposta porque a universidade não tem recursos para isso.
Além da greve dos servidores
aprovada nesta quarta, os professores da UEPB decidiram fazer uma
paralisação de advertência de três dias como forma de reivindicar um
reajuste. O movimento tem início na quinta-feira (21).
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