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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Caso do dinheiro voador: senador paraibano Cássio Cunha Lima tem sigilo quebrado por ministra do STF

O senador Cássio Cunha Lima, do PSDB da Paraíba, teve o sigilo bancário e fiscal quebrado por decisão monocrática da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, que estendeu a medida ao empresário Olavo Cruz de Lira, baseando-se em inquérito policial de autoria do Ministério Público Federal que tramita em segredo de Justiça e apura o caso do chamado "dinheiro voador" do Edifício Concorde, em João Pessoa, nas eleições de 2006.
O parlamentar tucano, ao ser abordado pela reportagem do jornal "Correio da Paraíba", afirmou desconhecer o teor da decisão e que somente prestará os esclarecimentos necessários à população quando for notificado da decisão judicial. Datada de três de dezembro, a decisão da ministra foi publicada na edição do Diário Eletrônico do Supremo Tribunal Federal no último dia seis. Rosa Weber justificou que a eleição de Cássio para o Senado não invalida os atos processuais anteriormente praticados, referindo-se a diligências efetuadas pelo Ministério Público. O inquérito havia sido instaurado a partir de relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras do MP.  

Ontem, em Brasília, a preocupação de Cássio estava concentrada no posicionamento do PSDB diante do relatório da CPI Mista do Cachoeira, que investiga conexões do contraventor Carlos Augusto Ramos (Carlinhos Cachoeira) com agentes públicos e privados. O PSDB acabou apresentando um voto em separado ao relatório do deputado Odair Cunha, do PT de Minas Gerais, por considerá-lo tendencioso e politizado. Cunha Lima observou que o voto em separado tem a finalidade de marcar a posição do PSDB diante do que qualificou de inconsistências na apuração das denúncias.  

Os tucanos cobram do Ministério Público e da Polícia Federal o aprofundamento de investigações sobre as ligações do contraventor Carlinhos Cachoeira com a Delta construtora. "A CPI transformou-se num embate político, onde não se investiga nada com profundidade. O relatório produzido foi fruto de arranjos e acomodações para favorecer o PT, o que é lamentável", criticou Cássio Cunha Lima, adiantando que o Congresso Nacional já experimenta um desgaste acentuado e que atitudes como a do relator apenas agravam esse quadro. "A CPI é um instrumento de fiscalização da minoria nos regimes democráticos, mas, nesse caso, foi utilizada pelo governo do PT única e exclusivamente para atingir o Procurador da República, Roberto Gurgel, e um jornalista da revista Veja. Isto é deplorável", vocalizou Cunha Lima.

PB Agora

com Repórterpb

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